terça-feira, 22 de dezembro de 2009



Os anjos, não querem que os chamem assim.
Demônios inocentes, mas não feios
Suportar vida engana os mortais.
São superiores
Pureza para quem planeja cinematografar os desejos
São quase reais
Tristezas debatidas, alegrias também
Bobagens choradas
Muitas palavras para quem fala pouco
Muito mistério para alguém que mostra tudo
Pena do que não temos
Justificando as tolices
Quanta eloqüência! São palavras arrotadas,
calculadas, maléficas, não apenas vazias
Cigarros vão, as horas chegam
Agora se cala, abraça-se
Sorria! Escondemos todos algo
Revelação
Agir é humano demais.

domingo, 1 de novembro de 2009



Caro Data Vermibus.
Um Pedaço de carne mergulhado em uma profusão de pensamentos carnais.
Se pensa, então está vivo?
Pensamentos putrificados.
Carne cravejada de vermes.
Um corpo oco.
Joga-se bebida sobre este corpo que já anda anestesiado.
Não sente mais nada, não sabe mais de nada.
Tempera! Tempera!
A vida ainda não chegou.
Carne fraca e decaída.
Cortam-se aterias e veias, jorra-se o sangue do defunto.
Jorra-se o sangue sobre os vivos que o velam.
Não tenha compaixão deste defunto devasso.
A morte só o deixa mais vivo.
Perturbações atazanando a mente.
Pensamentos que já deveriam estar sepultados.
Agoniza.
Se agoniza, então está vivo?
Vaga em vícios destrutivos.
Uma tal autopiedade.
Defunto sem brilho.
Apodreça em sua cova macia, e exale seu fétido odor
Não compreenda a vida, faça-se de morto ou finja-se de vivo,
É apenas uma dádiva que aqueles vivos também possuem.
Viva os necrófilos, vela o prazer, corteje a carne.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009



As ações são determinadas por aquele destruidor de fenômenos afetivos.
Atitudes secas, frias, sem graça e no máximo mornas.
Às vezes falsamente quentes.
Pobre coitado parece que ainda não sabe viver.
Ele simples, mente vive.
Não entendo o anseio de engrandecer a própria mediocridade.
Ser módico com pensamentos abstratos e superficiais.
Uma cópia sem sal e suja de todas as idéias débeis.
Acomodado e fútil, simples, mente vivendo.

domingo, 21 de junho de 2009




Insetos mortos,
música barata,
restos de comida.
Salada de risos e choros.
Tédio,
Fumaça.
Inconsciência focada, realidade dormente.
Braços tortos, paralisia da mente.
Garrafas no chão.
Ácido cotidiano.
Orgia, orgia.
Comovem-se enquanto eu tremo.
É amargo, é doce
Cefaléia constante, ou acefalia diária?
Um amargo realista ou o virgem cristão?
A intercalação da ressaca.
Vamos todos sorrir, com motivos e choros.
Tudo tão ameno.
Relatos de sentimentos baratos e tolos
Um verdadeiro blefe.

terça-feira, 26 de maio de 2009




















Que nojo!
São todos lindos.
Nossa! Que pele! Que sorriso! Quanta felicidade!
Tão pobres lindos e sujos.
Aquelas lindas bonecas asquerosas junto com os primitivos bonecos estúpidos.
Um verdadeiro circo da alegria.
Lindos fétidos e infelizes.
Psiu! Muita discrição...
São maravilhosos e brilhantes.
Cuidado, são puros e ingênuos.
A maldade é singela.
Há um mar de sinestesias, abraços ásperos, olhares doces,
cheiro azedo fecal.
Que engraçado já estou enfezado.
Mais uma vez pedimos: discrição!

sexta-feira, 22 de maio de 2009
















O mal humor matinal é constante.
O dia começa apático e indiferente
Sempre desejando e odiando aquelas cores
Diariamente cinza eu acordo, já sentindo o cheiro e a cor daquele cravo.
Detesto e amo.
Ah! Vida medíocre, prazerosa e hedonista
Há um verdadeiro bacanal em minha mente.
Confusão e soluções para tudo
Vivo nesta profusão de ilusões sobre as necessidades desnecessárias.
A última solução é sempre a última ilusão.

terça-feira, 19 de maio de 2009


















E assim vai a competição
Isso me incomoda e me alimenta
Preciso disso, não consigo viver sem este ritmo.
Já estou viciado.
Eu não nasci naquela boçal metodologia.
Sim, metodologia que minha consciência criou.
Isso tudo me gera loucura
Já não consigo ficar sem ela
Preciso da inconsciência
Assim, posso viver totalmente tranqüilo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009















Fome latente,
fome estranha, e com explicação.
Que bom, que delícia, sem o sabor que posso imaginar
as vezes me farto.
Fome que me satisfaz me conforta e incomoda.
Fome necessária que não se controla.
Não passa de uma eterna e breve contradição.


Foto tirada na faixa verde da 13.

sexta-feira, 8 de maio de 2009




















Bando de doentes

As chagas estão ai.
O cansaço e a velhice também.
E se a morte chegar, o que farei?
O que faremos?
A outra pessoa se preocupa constantemente.
Já ficou doente, nem toma mais os seus remédios.
Anda desenvolvendo novas doenças.
E nós o que faremos?
Já fomos contagiados pela doença do medo.
Todos se deleitam da herança.
Esta se resume em frieza, egoísmo, indiferença, desespero, medo e materialismo
Não podemos esquecer do amor não declarado e da compaixão internalizada.
Quanta tolice!
Por que fomos sorteados?
Isso é para rir?
São doenças, diversas doenças.
Que lugar doente!
Eu quero a cura.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Vem de mim mesmo.

É como uma casa desmoronando. Eles estão entrando
Ele aflito com os olhos lacrimejantes e a pele corada.
Tem medo que entrem nos quartos
E no imperativo algo diz: Entrem nos quartos!
A voz vem lá de dentro
Não aguenta mais essas portas trancadas
Que casa feia, cheia de pinturas mal feitas
Está tudo desmoronando
Cuidado!

terça-feira, 24 de março de 2009

Enfim tá aii...




O certo é que preciso de coragem. Tá ai uma justificativa para este feito. Ter audácia, para reclamar, amar, brigar, xingar e por ai vai. Aqui vai ser uma maneira (acho que discreta) de me expressar mais.
Uma música que descreve este momento, é a Breed no Nirvana.


I don't care (x5)
Care if I'm old
I don't mind (x4)
Mind, don't have a mind
Get away (x4)
Away, away from your home
I'm afraid (x4) Afraid of a ghost


Não me importo
Não me importo
Não me importo
Não me importo
Não me importo, não me importo se estou velho
Não ligo
Não ligo
Não ligo
Não ligo, ligo, se não tenho cabeça
Fuja, fuja
Fuja, fuja, fuja, do seu lar
Tenho medo, tenho medo Tenho medo, tenho medo de um fantasma