O processo da auto-degeneração parece incrível
Incrível pelo esforço
em se sentir cada vez mais próximo ao lixo
Até mesmo a epiderme
une-se nesta força destruidora
A união da
auto-negação, fruto do medo e da falta de confiança em dar ouvidos ao Eu
Sintonizo o volume no
maior decibel possível da voz dos outros.
A jurisdição da
própria vida é transferida por insegurança
O anseio pela
reintegração da posse de si é latente
E é lá na mente que
tudo começa, e ela mente tanto
É um filtro que
anestesia a realidade, e faz agir e sentir como se toda a desgraça
projetada fosse real
Mas o sofrimento é
real
Silenciosamente
aparecem as perebas, basta uma noite de sono entorpecente, e lá
estão elas
As psoras urgem, para
acelerar o sinal de alerta
Sinais vermelhos por
todo o corpo, não está tudo bem
Elas vociferam, brandam
para o dono desse corpo
O coral psoriático cantando um musical cavernoso para que os decibeis alheios sejam
silenciados
Parece que os
sofrimentos criados pela mente se transpõem a pele
O corpo grita, mas é
no silêncio que posso me entender, e ouvir a voz calada do interior
Ouvir o socorro, o
anseio pelo respeito e amor.
Quero o amor que vem de
dentro
É com essas perebas
que aprendo o agora.