terça-feira, 26 de maio de 2009




















Que nojo!
São todos lindos.
Nossa! Que pele! Que sorriso! Quanta felicidade!
Tão pobres lindos e sujos.
Aquelas lindas bonecas asquerosas junto com os primitivos bonecos estúpidos.
Um verdadeiro circo da alegria.
Lindos fétidos e infelizes.
Psiu! Muita discrição...
São maravilhosos e brilhantes.
Cuidado, são puros e ingênuos.
A maldade é singela.
Há um mar de sinestesias, abraços ásperos, olhares doces,
cheiro azedo fecal.
Que engraçado já estou enfezado.
Mais uma vez pedimos: discrição!

sexta-feira, 22 de maio de 2009
















O mal humor matinal é constante.
O dia começa apático e indiferente
Sempre desejando e odiando aquelas cores
Diariamente cinza eu acordo, já sentindo o cheiro e a cor daquele cravo.
Detesto e amo.
Ah! Vida medíocre, prazerosa e hedonista
Há um verdadeiro bacanal em minha mente.
Confusão e soluções para tudo
Vivo nesta profusão de ilusões sobre as necessidades desnecessárias.
A última solução é sempre a última ilusão.

terça-feira, 19 de maio de 2009


















E assim vai a competição
Isso me incomoda e me alimenta
Preciso disso, não consigo viver sem este ritmo.
Já estou viciado.
Eu não nasci naquela boçal metodologia.
Sim, metodologia que minha consciência criou.
Isso tudo me gera loucura
Já não consigo ficar sem ela
Preciso da inconsciência
Assim, posso viver totalmente tranqüilo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009















Fome latente,
fome estranha, e com explicação.
Que bom, que delícia, sem o sabor que posso imaginar
as vezes me farto.
Fome que me satisfaz me conforta e incomoda.
Fome necessária que não se controla.
Não passa de uma eterna e breve contradição.


Foto tirada na faixa verde da 13.

sexta-feira, 8 de maio de 2009




















Bando de doentes

As chagas estão ai.
O cansaço e a velhice também.
E se a morte chegar, o que farei?
O que faremos?
A outra pessoa se preocupa constantemente.
Já ficou doente, nem toma mais os seus remédios.
Anda desenvolvendo novas doenças.
E nós o que faremos?
Já fomos contagiados pela doença do medo.
Todos se deleitam da herança.
Esta se resume em frieza, egoísmo, indiferença, desespero, medo e materialismo
Não podemos esquecer do amor não declarado e da compaixão internalizada.
Quanta tolice!
Por que fomos sorteados?
Isso é para rir?
São doenças, diversas doenças.
Que lugar doente!
Eu quero a cura.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Vem de mim mesmo.

É como uma casa desmoronando. Eles estão entrando
Ele aflito com os olhos lacrimejantes e a pele corada.
Tem medo que entrem nos quartos
E no imperativo algo diz: Entrem nos quartos!
A voz vem lá de dentro
Não aguenta mais essas portas trancadas
Que casa feia, cheia de pinturas mal feitas
Está tudo desmoronando
Cuidado!