domingo, 11 de julho de 2010




Já são três da manhã e dorme o pequeno.
Com loucuras de atitudes e inóspitos sentimentos.
O móbile observa os falsos gestos e a fala bela que berra.
Ao som das cantigas obscuras permanece o anjinho.
Come cuca, come cuca, come puta, come cuca, come cuca.
Seis de manhã o frágil sobrevivente ousa as poucas palavras.
Códigos não válidos e sim aceitos.
O pedacinho de carne, com um olhar vazio e cheio de fome, a deseja
De forma maléfica, a devora.
Infeliz mãe, que o amamenta com lágrimas de reais.
Pequeno gritante com movimentos involuntários, em busca do alto, regula a dor pelo balançar das mãos da oca marionete.
Com soneca, a mamãe o nina, com verdes baforada, a cor que o acalma.
Come cuca, puta come, come puta, cuca come, come cuca.
Meio dia, aprendeu a sentar, inclina-se, prepara-se as feições e acorda as lágrimas.Inicia-se então o discurso repetido em tempos diferentes.
Este neném prefere os golinhos, para não se engasgar com gritos presos na garganta.
Golfa tudo o que não quer.
Nada declarou, o pobre petulante que engatinha escondido, a procura do berço no escuro chorado
chorado demais por não ter o de menos, que lhe falta.

sexta-feira, 9 de abril de 2010




Amanhece e há apenas os risos dos resignados no rosto de ontem
O esgoto, ainda aberto lançado sobre a mesa
Espasmos de euforia, tolos conformados com a estranheza
Os mais audaciosos não passam de dementes
Estes mesmos que planejam os erros
Verdadeiros incrédulos aos pensamentos do mal
Uma agregação dos mais pobres pensamentos, tudo sem dó
No mundo boçal eu posso ser eloqüente
Tolerância, não é adaptação
Segue então, a vela apagada ao som do metal, no ápice da discussão.
Quando se reflete com a cara de animal, sem graça, sem suor, assim pode ser notado, camuflado
Visto e oferecido a fogueira por compaixão, volta corado, vermelho, um real falsário prolixo.
Volta! Pro lixo